O FC Porto/Fidelidade conquistou esta tarde a WSE Champions League, depois de vencer a final, por 5-1, frente à AD Valongo/Colquímica. A última vez que os dragões conquistaram o título foi em 1990. A AD Valongo repetiu a presença na final da prova,  depois de no ano passado ter chegado à final e perdido nos penáltis, com o Trissino.

A partida, disputada num pavilhão José Natário lotado para assistir a uma final falada e jogada em português, iniciou com ascendente dos valonguenses, que se apresentaram sem medo de atacar a baliza adversária com perigo, enquanto os dragões jogavam mais expectantes, encontrando algumas dificuldades em passar da meia pista. Dificuldades essas que ultrapassaram ao minuto 17, numa jogada de contra-ataque em que Carlo di Benedetto meteu em Gonçalo Alves para assistir Rafa para o tento inaugural (1-0).

O golo abalou por momentos a AD Valongo, que logo se recompôs e continuou a aproximar-se com perigo à baliza de Xavi Malián, chegando ao empate ao minuto 12, por Miguel Moura: o jogador saiu por detrás da baliza e surpreendeu o guardião portista, com a bola a entrar junto do poste direito (1-1).

Ao minuto sete, o FC Porto passou para a frente por Carlo di Benedetto, com a bola a entrar no ângulo superior direito da baliza de Xano Edo (2-1). A quatro minutos para o intervalo, Facu Navarro viu o cartão azul. Chamado a converter, Gonçalo Alves não deu hipótese ao guarda-redes da ADV e dilatou a vantagem para o 3-1, resultado ao meio tempo.

©WSE

 

Na segunda parte o equilíbrio continuou a ser a nota dominante, com lances de perigo das duas equipas e uma bola ao ferro da AD Valongo. Mais uma vez, a eficácia do Porto prevaleceu e aumentou a vantagem através de uma jogada individual de Carlo di Benedetto, que bisou para o (4-1), com cinco minutos jogados.

A partir daqui os dragões começaram a jogar com o relógio e a controlar jogo e posse de bola, bem organizados na defesa. A ADV tentou chegar à baliza e reduzir, mas encontrou sempre pelo caminho um Malián atento. A equipa de Edo Bosch precisava de um golo mas desperdiçou a oportunidade, ao minuto sete, com um penálti assinalado a seu favor que Facu Bridge não converteu. A intensidade voltou nos últimos cinco minutos, com o FC Porto a «matar» o jogo, a um minuto e meio do fim, com o quinto e último golo assinado por Xavi Barroso (5-1).

No final do jogo, o treinador da AD Valongo, Edo Bosch, começou por dar os parabéns ao FC Porto: «como jogador estive lá e sei o que significa esta vitória para eles e queria ser das primeiras pessoas a felicitá-los». Sobre a partida, Bosch explicou que «das oito equipas, fomos aquela que teve menos descanso. Sabia que a equipa hoje estava muito desgastada. Tentámos entrar fortes e colocarmo-nos à frente do marcador para poder geri-lo, mas não foi assim».

O técnico explicou que a oito minutos do final, e com o resultado nos 4-1, «perguntei aos meus jogadores o que queriam fazer: aguentar o resultado e tentar dar a volta pouco a pouco ou arriscar, sabendo que podia dar em goleada. Eles responderam em uníssono que queriam arriscar e preferiam perder por 10 a dar tudo do que ficar 4-1 e acabar o jogo sem dar luta».

©WSE

 

Bosch concluiu confessando que «Foi uma caminhada difícil, muito boa», mas que os sonhos dão muito trabalho e, às vezes, concretizam-se. Este foi daqueles que não se concretizou, mas tenho um orgulho enorme nos meus jogadores, em todo o trabalho feito e a única coisa que lhes disse é que estou certo de que em pouco tempo estarão eles a levantar o caneco, porque são autênticos campeões».

Para o treinador campeão, Ricardo Ares, este «é um sonho tornado realidade» Na sua opinião, a equipa a equipa «jogou bem. Ajustámos questões defensivas que nos criaram muitas situações na primeira parte e que conseguimos anular na segunda. O objetivo está cumprido e estamos muito felizes».

Para Ares, «o segredo deve-se ao trabalho diário. Nesta época e meia vivemos duas realidades diferentes: na primeira tudo correu bem, ganhámos todos os títulos nacionais, um europeu. Nesta época fomos muito regulares e toda a amargura que temos vivido nesta fase regular do campeonato fez-nos trabalhar e permanecer acima de tudo humildes e neste fim de semana colhemos os frutos do trabalho que temos realizado. A nossa filosofia é ser melhores a cada dia, analisar porque as coisas acontecem e melhorá-las».

O treinador confessou ainda que o conjunto está «muito feliz pelo Porto, pela sua direção e pelas pessoas que estão envolvidas no clube, que merecem este troféu e também pelos adeptos portistas que são inacreditáveis e hoje foram fundamentais».

 

Toor

Patrocinadores Oficiais do Hóquei em Patins