Terminou, na passada terça-feira, na ilha da Madeira, mais uma edição das ações do Programa de Observação, Identificação e Seleção de Talentos (OIST). O programa, que pretende gerar sinergias que possam promover e incentivar o desenvolvimento dos atletas mais jovens, contou mais uma vez com a vertente feminina e com escola de guarda-redes.
A iniciativa desenvolvida pela Federação de Patinagem de Portugal em conjunto com as Associações de Patinagem vai terminar com o Torneio OIST, com a participação de atletas que estiveram presentes nas ações OIST de cada associação.
Para o Diretor Técnico Nacional, Nuno Ferrão, o balanço deste ano «foi positivo no interesse, empenho e dinâmica das associações» e destacou o «desenvolvimento na componente feminina, nomeadamente com as associações do Minho e Alentejo» que apresentaram equipas femininas. Na opinião do DTN este «é um sinal positivo de vitalidade e crescimento do hóquei feminino, fruto também do trabalho da FPP».
Sobre os trabalhos, Ferrão explicou que as ações contaram com «uma representatividade de todas as zonas» em que a qualidade foi «variável e com algumas limitações» por ser ainda uma geração de atletas «que sofreu um pouco com a pandemia do Covid-19, uma vez que estiveram alguns dos anos mais importantes da sua formação parados». No entanto, o DTN sublinhou que com «a atitude e a dinâmica das associações, bem como dos clubes e dos próprios atletas, vamos recuperar toda essa qualidade hoquistica que é apanágio nas equipas portuguesas».
Nuno Ferrão explicou que está a ser preparado, para o final deste mês, o Torneio OIST «que será a concentração dos atletas com representação de todas as regiões e será um momento de comparação e de experiências». «Os atletas que vão participar são aqueles que demonstraram mais potencialidade e que nos interessa acompanhar nos próximos tempos, nomeadamente numa possível integração nas seleções nacionais, daqui a dois ou três anos», concluiu.
Na vertente do hóquei feminino, as ações foram acompanhadas pelo Selecionador Nacional, Hélder Antunes, que referiu que o trabalho deste ano «foi bastante positivo» e salientou que «aos poucos estamos a crescer: este ano chegámos a mais associações com feminino, como o caso do Alentejo e do Minho», referindo também os Açores que «já têm um grupo de atletas que estiveram em observação no âmbito dos OIST».
Este crescimento de atletas femininas significa para o selecionador a continuação «do caminho que o feminino tem trilhado nos últimos anos, com um aumento em termos de quantidade e de qualidade, do trabalho desenvolvido pelos clubes e pelas associações» e espera no próximo ano «chegar ainda a mais associações».
Antunes explicou que que «a monitorização efetuada tem fornecido registos que as atletas estão com uma evolução positiva, ascendente. Não que seja uma evolução muito vertiginosa, mas estamos no caminho e direção certa. É uma questão de tempo, se conseguirmos todos trabalhar em prol do hóquei na vertente feminina, aumentar em quantidade e em qualidade o número de atletas praticantes de hóquei em patins», disse.