A equipa da APAC Tojal venceu, esta tarde, a AD Sanjoanense, por 9-4, e garantiu o lugar na final de amanhã frente ao vencedor da segunda meia final, entre HC Turquel e SL Benfica.

A APAC Tojal entrou bem em rinque e marcou cedo, com três minutos no relógio, por intermédio de Sara Fernandes, assistida por Sofia Contreiras (1-0), com a ADS a responder ao minuto 15, com uma stickada forte de longe de Joana Rodrigues (1-1).

A equipa treinada por Débora Gonçalves, dilatou com mais dois golos da autoria de Maca Ramos antes do intervalo: primeiro de penálti, assinalado ao minuto nove, com um remate colocado no canto superior esquerdo da baliza de Catarina Viola (2-1), e o bis, três minutos depois, resultado de um contra-ataque rápido da jogadora chilena (3-1).

A APAC Tojal iniciou a segunda metade da melhor forma, com Maca Ramos a marcar o 4-1 e terceiro da conta pessoal, mas a AD Sanjoanense não baixou os braços e no minuto seguinte reduziu pelo stick de Ana Couto (minuto 22, 4-2). No mesmo minuto, Maca Ramos viu o cartão azul. Chamada a converter, Ana Couto reduziu para a margem mínima (4-3). Mais confiante, a ADS continuou a pressionar para chegar ao empate, o que aconteceu ao minuto 15, com Joana Rodrigues a marcar o 4-4.

A cerca de dez minutos para o final da partida, Ana Couto não conseguiu converter o livre direto pela 10ª falta adversária e, a partir daqui, a ADS não mais se encontrou no jogo, com a APAC Tojal a conseguir crescer no rinque, passar para a frente do marcador e ampliar para o 9-4, com golos de Sara Fernandes, Maca Ramos, Ana Gregório e Inês Florêncio e Sofia Contreiras.

No final do jogo, o treinador da AD Sanjoanense, Marco Lopes, começou por dar os parabéns à vencedora e explicou que a equipa «sentiu um bocadinho a não concretização do livre direto pela 10ª falta da APAC Tojal, e depois custou ter de andar sempre atrás do resultado».

«Houve um período que a equipa ressentiu-se mais a nível físico e depois o resultado que, na minha opinião é demasiado dilatado para aquilo que foi o jogo. Tivemos de arriscar e ao fazê-lo abrimos a nossa defesa e consentimos os golos», disse, fazendo questão de destacar «o esforço e o trabalho das jogadoras ao longo da época e a presença justa nesta Final Four».

A capitã sanjoanense, Inês Ferreira, explicou que «este foi um pouco o resumo da nossa época, em que ouvimos muitas vezes dizer que tivemos muita sorte, mas a sorte dá muito trabalho. Estou muito orgulhosa do percurso da minha equipa. Não foi uma época de sorte, mas sim de muito trabalho, muitas vezes a prejudicar a nossa vida pessoal, por isso é preciso valorizar este esforço que fazemos», disse.

No que diz respeito à equipa finalista, Maca Ramos referiu que «o resultado não espelha o que se passou em rinque, porque a Sanjoanense é uma grande equipa que joga muito bem. Tivemos muitos altos e baixos, não foi um jogo perfeito, mas conseguimos aproveitar melhor os baixos delas.

Sobre a final de amanhã, Maca sublinhou que «seja qual for a adversária, estamos contentes pela passagem à final e queremos ganhar. Temos noção que há coisas para corrigir, erros que não podemos cometer, mas agora é recuperar para darmos tudo amanhã».

Para Diogo Ribeiro, treinador-adjunto da APAC Tojal, o jogo «valeu muito pela união da equipa. Entraram na segunda parte a pensar que o resultado já estava garantido, mas depois do empate despertaram e voltaram a encontrar-se no jogo, e viu-se a equipa do Tojal que jogou na primeira parte».

«Seja HC Turquel ou SL Benfica» o técnico acredita que «vai ser um jogo muito complicado, mas estamos na final, temos mérito e vamos mostrar o nosso valor, principalmente se a equipa mostrar a união que viveu neste jogo. São as duas excelentes equipas e só queremos disputar agora a final».