O selecionador nacional, Paulo Freitas, anunciou esta tarde, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Paredes, os dez convocados que vão competir de 1 a 6 de setembro, no Campeonato da Europa de Hóquei em Patins,que se realiza no Pavilhão Rota dos Móveis, em Paredes.
Na ocasião, estiveram também presentes o presidente da Câmara Municipal de Paredes, Alexandre Almeida, e o presidente da Federação de Patinagem de Portugal (FPP), Luís Sénica.
Antes ainda do anúncio da convocatória, o edil agradeceu a escolha de Paredes para acolher a prova, sublinhando o vínculo do concelho à modalidade:
«Como todos sabem, Paredes, além de ser um município amigo do desporto em geral, é um município muito amigo da patinagem, não só do hóquei em patins, mas da patinagem em geral, pois já temos feito várias provas aqui. «Temos muita tradição no hóquei em patins e temos duas equipas no concelho, onde as pessoas gostam muito da modalidade, como acontece um pouco por todo o país». Agradecer a escolha de Paredes e dizer que continuamos sempre de portas abertas para o que vocês precisarem».
Já Luís Sénica reforçou a parceria entre a autarquia e a FPP, evocando o papel de Paredes durante a pandemia:
«Dizer ao Sr. Presidente que em Paredes estamos em casa. Parece um lugar-comum, mas efetivamente, se olharmos à dimensão das relações com a FPP nos últimos anos, vamos perceber que efetivamente estamos em casa. E há aqui um marco, para mim, fundamental enquanto responsável da Federação, que foi a altura do Covid. A minha memória não se esgota e temos de ser reconhecido».
E acrescentou que «durante o Covid, foi a autarquia que se disponibilizou para alinhar connosco num projeto ambicioso. Fizemos aqui três campeonatos da Europa, numa altura muito difícil, e a autarquia disse que sim à Federação e à Europa do hóquei em patins. A Europa hoje está mais forte, mais dinâmica, mais competitiva. Muito se deve à nossa resiliência em termos feito aqueles campeonatos».
«Voltamos a Paredes, uma terra de hóquei, e a uma casa onde temos a certeza de uma organização de excelência em relação aos nossos parceiros, a FPP, a Sigma Stars e a WSE. Vamos às escolhas do Paulo Freitas e já agora também dizer-vos que, há dois anos, numa conversa muito tranquila e muito objetiva, fechámos acordo com o Paulo para dois anos de projeto que culminam agora no próximo europeu».
Luís Sénica fez questão de salientar que «foram dois anos de trabalho, de evolução, de dedicação de todos nós. Trabalhámos sempre para as melhores dinâmicas e para a melhor competência que Portugal tem sempre. Ao final destes dois anos, terminamos esta relação também com o Paulo e vamos terminá-la certamente com o título de campeão da Europa. Não é pressão nenhuma ao Paulo, porque o Paulo também o quer. Estamos perfeitamente em sintonia. E o Paulo vai sair desta casa, estamos convictos, com o título de campeão da Europa no dia 7 de setembro. Portanto, da minha parte, muito obrigado».
O selecionador nacional, Paulo Freitas, começou por referir que «depois deste momento e destas palavras finais por parte do Presidente, só há um rumo, que é ganhar. Não há aqui outra hipótese. Mas esse, obviamente, é o desiderato que Portugal tem assumidamente, em todos os campeonatos».
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Depois de divulgados os dez convocados, foram também anunciados os atletas de prevenção: António Marante, Gonçalo Pinto e Vieirinha, que poderão ser chamados em caso de imprevisto.
No que diz respeito aos critérios da convocatória, o selecionador explicou que «o único impedimento que havia era por parte do Ângelo Girão, que deu por fim o seu contributo na seleção. A partir daqui são opções minhas, consubstanciadas num conjunto de critérios onde encaixam, para além destes, mais outros atletas, mas com pelo menos duas determinantes fundamentais: cada um destes atletas tem de encaixar naquilo que é a minha ideia para o jogo, isso é fundamental. E uma outra coisa também que é importante e que tem a ver com um conceito importante que é a meritocracia e que tem a ver com o facto de terem participado ativamente durante uma época desportiva e terem contribuído de forma decisiva para os bons resultados alcançados pelos seus clubes. Analisando tudo isto e todos os equilíbrios que uma equipa deve ter, resultou na minha escolha nestes dez atletas».
Sobre a preparação, Freitas destacou a importância do trabalho coletivo: «sinto uma enorme vontade de trabalhar, um enorme prazer por estar neste cargo e um enorme entusiasmo por aquilo que acho que vamos conseguir fazer. E, acima de tudo, conseguirmos criar num curto espaço de tempo, uma família forte, uma família muito unida, porque para além daquilo que é a qualidade dos atletas, a vontade não chega só. E cada um de nós vai ter de trazer a sua melhor versão para o trabalho que vamos desenvolver, para o período de estágio que vamos ter e fundamentalmente para a competição».
Convicto que a vontade não chega por si só, o selecionador frisou que «Espanha tem vontade de continuar a ganhar e ser pentacampeã. A Itália quer recuperar o lugar de campeão da Europa. A França está ávida por conquistar títulos. Vamos olhar para isto como uma grande oportunidade. As dificuldades são as inerentes à competição e à qualidade das seleções adversárias, mas acima de tudo temos uma grande oportunidade».
Sobre a seleção ser favorita, Paulo Freitas é perentório: «dizer que somos favoritos é uma falta de respeito pelas outras seleções, mas claramente que somos candidatos. E vamos ter de capitalizar o facto de jogarmos em casa. Não tenho dúvidas que vamos ter um pavilhão completamente cheio, com um apoio incondicional».
A preparação da seleção arranca a 4 de agosto, no Luso. A partir de 26 de agosto, a equipa ficará concentrada em Paredes, após a participação na GoldenCat.