Neste dia 8 de Março em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Federação de Patinagem de Portugal anuncia a implementação de uma medida, aparentemente pioneira, já para a próxima época desportiva que, espera, possa contribuir para promover o interesse das atletas femininas, potenciá-las e fixá-las na modalidade.
Nas categorias – Sub-17, Sub-15, Sub-13, Escolar, Benjamim e Bambis – é admitida a constituição de “equipas mistas”, sendo permitido aos clubes, que assim o entendam, a utilização de atletas femininos e masculinos.
Nos Campeonatos Nacionais de Seniores da Primeira Divisão –
Femininos e Masculinos – não é admitida a constituição de “equipas mistas”.
Porém, na categoria sénior da Segunda e Terceira Divisão e nas Provas Distritais é admitida a constituição de “equipas mistas”, mas a utilização de atletas femininos está limitada, exclusivamente, a atletas femininas com 16 ou mais anos de idade Ainda que no Campeonato Nacional da Segunda Divisão a utilização de atletas femininas possa ser efectuada até ao limite ao máximo de três atletas femininas com 16 ou mais anos de idade, no Campeonato Nacional da Terceira Divisão e Provas Distritais, não há qualquer limitação quanto ao número de atletas femininas a utilizar em cada equipa.
Nas categorias de Sub-20, Sub-17, Sub-15, Sub-13, Escolar, Benjamim e Bambis o número de atletas femininos e/ou masculinos a utilizar em cada equipa não está sujeito a qualquer tipo de limitação.
Fundamentos Com esta medida é dada continuidade ŕ prática desportiva a jogadoras que não têm equipas de Hóquei Feminino no seu clube ou região e que já disputam competiçőes federadas evitando o abandono precoce.
Para além disso permite ainda a melhoria das competências de jogo das atletas identificadas como “talentos”, que evoluem numa competição mista, com maior exigência competitiva e consequentes benefícios para a Selecção Nacional e um aumento do número de atletas femininas.
O desporto tem um papel transformador, que pode e deve promover a igualdade, e com a medida hoje apresentada, a Federação de Patinagem de Portugal implica o Hóquei em Patins como promotor da equidade e igualdade da prática desportiva.
A atleta de hoje é a MĂE do AMANHĂ.
Publicamos aqui a mensagem da Direcção Técnica Nacional.
Preâmbulo O Hóquei em Patins é, sem dúvida, um fenómeno desportivo que atraí adeptos de diferentes idades e principalmente em todas as camadas sociais em Portugal.
No entanto, um dos aspectos menos compreendidos na história do Hóquei em Patins em Portugal diz respeito ŕ inserção da mulher no universo tido como masculino.
“O desporto, na sua vertente pedagógico-educativa, deve preparar os jovens para a realidade, que é uma sociedade mista, e por isso tem toda a lógica que a pedagogia desportiva se comece a preocupar em promover actividades desportivas mistas que trariam grandes vantagens para a convivência desportiva como forma natural de aprendizagem da vida real, com respeito pela diferença, mas com a preservação da dignidade, dessa diferença, que no fundo é a garantia da preservação e conservação da vida humana na Terra.” (Begonha, M.
in JN 2014) Sexo e Género não devem ser um constrangimento para o desenvolvimento e difusão da prática do Hóquei em Patins feminino em Portugal.
Urge alargar horizontes e perspectivar futuro! A Proposta – Equipas Mistas Direitos das Mulheres e Desporto A igualdade de oportunidades da participação no desporto, quer como actividade de lazer ou recreio, por razőes de saúde ou ainda na alta competição, é direito de qualquer mulher, sem distinção de raça, cor, língua, religião ou crença, orientação sexual, idade, situação familiar, invalidez, opinião ou filiação política, origem nacional ou social.
(Declaração Brigthon, 1994) A presente proposta visa as competiçőes jovens e “amadoras” e, como tal, não considera a I Divisão Nacional, que surge no panorama desportivo português próximo do conceito profissional.
A competição feminina continuará a ter o seu expoente máximo com a realização do Campeonato Nacional de Seniores Femininos.
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