Arrancou, este sábado, no Pavilhão Municipal de Barcelos, a Final Four da WSE Continental Cup. Na primeira meia-final, o OC Barcelos impôs-se perante o SC Tomar/IPT, vencendo por 6-3 e garantindo o primeiro lugar na final.
A equipa minhota vai disputar o troféu frente ao FC Porto, que venceu a segunda meia-final frente ao Igualada Rigat HC, na final amanhã, às 18 horas.
A partida começou intensa e com ascendente inicial para os nabantinos, que inauguraram o marcador por Ivo Silva, aos cinco minutos. A resposta barcelense não tardou: Ivan Morales restabeleceu a igualdade três minutos depois e Pedro Silva completou a reviravolta com o 2-1. O equilíbrio manteve-se, com Julián Tamborindegui a empatar a partida novamente na recarga da marcação de um livre direto, mas Kyllian Gil, assistido por Miguel Rocha, respondeu no mesmo minuto e colocou o OC Barcelos em vantagem (3-2). A oito minutos do descanso, Gil bisou com o 4-2, Tamborindegui voltou a encurtar distâncias com um remate forte para o 4-3, mas Carlitos ampliou para 5-3, resultado com que as equipas recolheram aos balneários.

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Na segunda metade, o ritmo abrandou e o conjunto orientado por Rui Neto foi gerindo a vantagem. O SC Tomar/IPT ainda teve oportunidade para reduzir, mas Rémi Herman desperdiçou uma grande penalidade. Mais eficaz, o OCB selou a vitória com novo golo de Carlitos a passe de Iván Morales, que fechou o resultado nos 5-3 e garantiu a presença na final deste domingo.
Declarações no final da partida:
Rui Neto (OC Barcelos SAD)
«Foi uma primeira parte com muitos golos, ambas as equipas procuraram sempre a baliza. Defensivamente poderíamos ter feito mais, mas o jogo abriu e acabou por ser um grande espetáculo para o público. Penso que foi uma grande vitória do OC Barcelos. Tínhamos de ganhar hoje para estarmos na final de amanhã. Temos algumas lesões, ainda não consegui trabalhar com a equipa completa desde o início da época, mas precisamos de todos para atingir os nossos objetivos».
Nuno Lopes (SC Tomar/IPT)
«Custa-me compreender este jogo, porque ao fim de cinco minutos já não estávamos a fazer o que tínhamos planeado e tivemos de mudar a tática. Nesse aspeto, a responsabilidade é minha. Depois, na segunda parte, é verdade que conseguimos travar a equipa do Barcelos, mas não podemos estar 25 minutos sem marcar um golo. Uma equipa que quer vencer tem de arriscar, não pode ficar a zero durante toda a segunda parte. Esta não é uma competição em que participamos habitualmente, por isso todos temos de trabalhar mais e estar melhor preparados, em todos os níveis, para sermos mais fortes nestas fases finais. Parabéns ao Barcelos, foi mais forte».
Na segunda meia-final, o FC Porto começou em desvantagem frente ao Igualada Rigat HC, que inaugurou o marcador aos seis minutos. A resposta portista não tardou, com Pol Manrubia a marcar dois minutos depois, repondo a igualdade no marcador. Motivado pelo empate, o FC Porto assumiu o controlo do jogo e criou várias oportunidades, mas encontrou pela frente um inspirado Arnau Martínez, que manteve o Igualada em vantagem. A formação catalã voltou a marcar aos 21 minutos, por Joan Ruano, resultado que se manteve até ao intervalo.

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No regresso para a segunda parte, o FC Porto entrou com uma postura mais ofensiva, controlando o jogo e criando oportunidades, mas o Igualada manteve uma defesa sólida. A insistência acabou, contudo, por dar frutos com Ezequiel Mena (41’) a conseguir finalmente furar a defesa catalã e restabelecer o empate, que se manteve até ao final do tempo regulamentar.
Sem golos no prolongamento, tudo se decidiu nas grandes penalidades. O FC Porto converteu as suas primeiras três tentativas, enquanto o Igualada falhou todas. Assim, os dragões garantiram um lugar na final 100 % portuguesa frente ao OC Barcelos, onde vão discutir o título da WSE Continental Cup 2025.
Declarações no final da partida:
Paulo Freitas (treinador do FC Porto)
«Fez-se justiça nas grandes penalidades. Fomos a equipa mais intensa, com um ritmo enorme, mas encontrámos um muro — uma equipa que procurou apenas os nossos erros e jogou em contra-ataque. Por vezes, a ansiedade leva-nos a cometer demasiados erros, mas foi um jogo à Porto e foi justo seguirmos para a final. Não há segredos entre o FC Porto e o OC Barcelos. Vamos jogar na casa deles, temos de recuperar bem e vamos lutar pela vitória. Vamos jogar à Porto e as finais são para se ganhar, por isso esperamos o apoio de todos os nossos adeptos».
Pol Manrubia (jogador do FC Porto)
«Parabéns ao Igualada, que é uma equipa com muitos jogadores jovens e alguns mais experientes pelo meio, mas que merece muito crédito pelas dificuldades que nos criou; não foi tanto por culpa nossa. Acredito que hoje fizemos um dos nossos melhores jogos da época, com intensidade. Vamos disputar a final e tentar vencer a Taça».