34 anos depois, o OC Barcelos SAD venceu a WSE Champions League e sagrou-se Campeão da Europa. A equipa orientada por Rui Neto derrotou o FC Porto/Fidelidade na final da competição, em Matosinhos, por 3-1, após os penáltis (1-1 no tempo regulamentar e após o tempo extra).

Os dragões colocaram-se em vantagem e foram para o intervalo a vencer por 0-1, após uma primeira parte disputada com intensidade e equilíbrio.

A equipa portista mostrou-se mais eficaz na criação de lances de perigo obrigando Conti a intervir, ao passo que o OC Barcelos revelava maiores dificuldades em chegar com perigo à baliza contrária e, quando o conseguiu, Malián esteve atento.

O único golo da primeira metade surgiu a oito minutos e meio do descanso, numa jogada em que Edu Lamas levantou a bola e Carlo Di Benedetto desviou para o fundo da baliza.

A acabar o primeiro tempo, o Barcelos pressionou em busca do empate e conseguiu aproximar-se com perigo da área portista, mas voltou a esbarrar em Malián, que segurou a vantagem azul e branca

No segundo tempo, o Porto entrou mais pressionante, com Rafa a criar a primeira grande ocasião de perigo, obrigando Conti Acevedo a defender com a máscara.

Com três minutos no relógio, Carlo Di Benedetto viu o cartão azul após falta sobre Danilo Rampulla. Na sequência, Miguel Rocha foi chamado a converter o livre direto, mas não conseguiu bater Malián. No entanto, em powerplay, o OC Barcelos conseguiu chegar ao empate com um remate potente de Rocha, do lado esquerdo, sem hipótese para o guarda-redes portista.

O golo galvanizou a formação barcelense, mas o FC Porto tentou responder, mas encontrou sempre Conti no caminho. Nos últimos cinco minutos, o ritmo abrandou ligeiramente, com ambas as equipas mais concentradas na defesa. No último minuto do tempo regulamentar, Edu Lamas foi sancionado com cartão azul por enganchamento a Rampulla. A respetiva bola parada voltou a ser entregue a Miguel Rocha, que desta vez rematou por cima da baliza e a final seguiu para prolongamento.

No tempo extra não houve golos, com a final a ter de ser decidida por penáltis, onde Conti e o OC Barcelos foram mais eficazes: o guardião barcelense defendeu três dos quatro marcados pelo Porto e, do lado do OC Barcelos, Pedro Silva e Luís Querido converteram no 3-1 que deu a taça ao conjunto minhoto.

Reações no final da partida:

Gonçalo Alves

«É difícil agora dizer qualquer coisa. Acho que estas duas equipas demonstraram que jogam muito bem hóquei em patins e que foi um grande jogo. Um pavilhão a abarrotar e isto demonstra que o hóquei em patins é, sem dúvida, um grande desporto e nós fazemos com que seja ainda mais bonito. Dar os parabéns ao Barcelos e à minha equipa. Lutámos com tudo o que tivemos para tentar outro resultado, fomos a penaltis e, não é uma questão só de sorte, é trabalho. E eles marcaram mais golos que nós».

Ricardo Ares

«Falharam os penáltis. Orgulhoso do trabalho da equipa. Deixaram tudo em campo e podia ter caído para um lado ou para o outro no tempo regulamentar e, nas penalidades, o Barcelos esteve melhor».

Conti Acevedo

«Acho que ainda não me apercebi que somos campeões. Sinceramente, estou habituado que vem sempre um passo a seguir, ganhamos um jogo, vem um passo a seguir. E ainda não me apercebi que somos campeões europeus».

Rui Neto

«É indescritível este sentimento e o orgulho que eu tenho nesta equipa, neste público, contra um adversário fortíssimo. O Porto hoje teve momentos de jogo em que nos encostou. Nós na segunda parte entrámos muito bem, no cômputo geral vai ficar a situação dos penáltis e que fomos os campeões da Europa, isso é que fica no registo e portanto, muito contente».