A Seleção Nacional de Sub-23 está na final do Campeonato da Europa, após vencer a Itália, por 3-2, na primeira meia-final, disputada este sábado. Portugal volta a entrar em rinque, amanhã, para disputar a final frente ao vencedor da meia-final entre Espanha e França.

Depois do empate a três bolas na Fase de Grupos, Portugal e Itália voltaram a encontrar-se, desta vez com um lugar na final em jogo. A partida começou equilibrada, com ambas as equipas a mostrarem vontade de chegar ao golo e os guarda-redes em destaque nos minutos iniciais.

Com seis minutos jogados, as equipas estavam encaixadas: Guga Bento segurava a baliza lusa, enquanto Portugal criava perigo nas transições, mas sem conseguir finalizar, graças não só aos ferros como à prestação do guardião italiano.

Aos 11 minutos, Viti viu o cartão azul, no entanto Guga defendeu o livre direto e a recarga. Contudo, ainda em underplay, Portugal sofreu o primeiro golo, num remate de longe (0-1). A equipa orientada por Paulo Freitas manteve a pressão e continuou a tentar contrariar a defesa italiana, mas o resultado manteve-se inalterado no descanso.

A segunda parte começou com maior intensidade por parte de Portugal, que fez por assumir o jogo desde os primeiros instantes e o golo do empate surgiu com sete minutos no relógio: Martim Costa saiu numa transição rápida e finalizou para o 1-1.

A insistência lusa voltou a ser premiada ao minuto 17, quando Tomás Santos aproveitou uma bola solta na área, após defesa do guardião italiano, para colocar Portugal em vantagem (2-1). No minuto seguinte, Piccoli viu o azul e, chamado a converter a bola parada, Lucas Honório não perdoou e dilatou para o 3-1.

A entrar no último minuto a Itália ainda reduziu, com um remate forte de fora da área (3-2), e tentou o tudo por tudo, jogando os últimos segundos de 5×4, mas a vitória já não escapou à seleção nacional.

Na análise à partida, Paulo Freitas considerou que «foi uma grande meia-final entre duas grandes equipas. A Itália tem tido um crescimento fantástico, um trabalho notável que o Alex (Bertolucci) tem vindo a fazer. Penso que os primeiros sete minutos entrámos um pouco receosos, não cumprimos com aquilo que tinha sido estabelecido, demo-nos a alguma pressão que a equipa italiana nos fazia, nomeadamente quando batíamos a três, A partir daí corrigimos e acho que fomos bem melhores no jogo».

Para Freitas, o resultado «peca por escasso, porque foi um grande jogo que fizemos. Estivemos bem em todos os momentos. Acabámos por sofrer o golo no underplay, mas apresentámos uma maturidade competitiva muito grande».

«Depois, numa parte final com as emoções um bocadinho mais à flor da pele, deixámos de ser tão pragmáticos e expusemo-nos ali em duas ou três situações e acabámos por sofrer um golo, e permitimos que a Itália encostasse no marcador», explicou o selecionador.

Sobre o possível adversário na final, Paulo Freitas explicou que «vamos esperar qual vai ser o nosso opositor, mas não podemos fugir muito daquilo que temos visto e daquilo que tem sido o panorama do hóquei. A Espanha entrará certamente nesta segunda meia-final como favorita a estar presente amanhã na final».

«Vamos ver com atenção, vamos também analisar, recuperar os jogadores e, amanhã, estaremos aqui a lutar até à última gota de suor por um título que é um título inédito para Portugal e, portanto, deixaremos tudo dentro de pista. As finais não são para jogar, são para ganhar e amanhã vamos apresentar-nos aqui claramente com o objetivo de sermos campeões da Europa», concluiu.

U23 WSE Euro

Fase de Grupos
Portugal 3 x 3 Itália
Suíça 1 x 8 Portugal
Espanha 8 x 5 Portugal

Quartos de final
Portugal 13 x 0 Inglaterra

Meias-finais
Portugal 3 x 2 Itália

Final | 19.04.2025 | 19h30

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