A seleção nacional feminina perdeu, esta tarde, o jogo da semifinal frente à equipa anfitriã, por 1-5 e vai agora lutar pelo terceiro lugar do Campeonato do Mundo, na Argentina, frente à Itália. Apesar de afastada da final, esta foi a melhor participação portuguesa num mundial, nos últimos seis anos.
O jogo começou com an Argentina a exercer mais pressão, chegando ao golo na primeira jogada de perigo, com dois minutos decorridos.
Portugal reagiu bem ao golo tão cedo no jogo e, na resposta, Sofia Moncóvio disparou à baliza adversária, mas sem sucesso. A seleção mostrou-se veloz a atacar e só não chegou ao golo por dois fatores: pouca sorte na finalização e uma fantástica exibição da guarda-redes argentina.
Ao minuto 19, Sofia Moncóvio disparou uma bola à trave e foi por pouco que Portugal não marcou. O jogou estava intenso e partido, mas foi a Argentina a chegar ao segundo, de penálti, numa altura do jogo em que a equipa Lusa até estava mais perto de empatar. Portugal voltou a não acusar demasiado o golo, insistindo no caminho da baliza argentina, mas a continuar sem finalizar. A cinco minutos do fim do primeiro tempo, novo penálti a favor da equipa da casa, que converteu no terceiro, fixando o resultado ao intervalo.
Na segunda parte a Argentina foi gerindo o tempo, não deixando de criar situações de perigo, obrigando Cláudia Vicente a brilhar na baliza. Portugal conseguiu reduzir, no minuto 13, por Rita Batista mas, praticamente no minuto seguinte, a Argentina fez o quarto golo. A oito minutos do final, a equipa das quinas é admoestada com o cartão azul. Depois de uma primeira defesa da guardiã Lusa, as argentinas marcaram na recarga, fechando o resultado nos 5-1.
No final do jogo, Marlene Sousa, fez questão de frisar que «apesar de termos perdido, a verdade é que disputámos uma meia final de um Campeonato do Mundo e isso é um motivo de orgulho para todos os portugueses».
Sobre o jogo, a capitã da seleção nacional explicou que «sabíamos que o jogo ia ser muito difícil. É uma Argentina muito forte, a jogar em casa com o seu público. Mas entrámos dentro de campo concentradas naquilo que tínhamos de fazer». «Não conseguimos levar a melhor do jogo e também acho que (o resultado) é um bocadinho exagerado para o que aconteceu em pista, mas agora é levantar a cabeça o mais rápido possível, porque amanhã há uma medalha para ganhar e esta equipa quer muito ganhar».
O selecionador nacional, começou por «dar os parabéns à Argentina pela passagem à final», sendo que agora é pensar no próximo jogo: «vamos fazer o procedimento normal: recuperar as atletas do ponto de vista físico, moral e emocional e apresentarmo-nos ao mais alto nível amanhã, no jogo com a Itália», acrescentando que «tendo em conta o que temos feito no mundial, podem esperar que continuamos de pé e vamos lutar com todas as nossas forças para amanhã conseguir chegar à medalha».
Em relação ao jogo, o técnico é da opinião que, embora «não tenha ainda os dados estatísticos do jogo, penso que não vou cometer nenhuma gaffe se disser que tivemos tantas ou mais oportunidades de golo do que a Argentina», explicando que «a diferença esteve na concretização e, nos cinco golos da Argentina, há três que são de bola parada». «No jogo jogado sabíamos que a Argentina ia ter mais alguma posse de bola, estávamos preparados para isso, mas tudo se resume – e é o que fica na história do jogo -, a quem coloca a bola dentro da baliza. E a Argentina foi mais feliz e mais eficaz e nós não», concluiu.
A seleção nacional vai jogar pela medalha de bronze, amanhã às 21 horas portuguesas.