A seleção nacional é vice-campeã da Europa, depois de ter perdido a final, frente à Espanha, por 4-2.
Portugal entrou bem e confiante na partida e esteve perto do golo. Por seu lado, os espanhóis também pressionaram, com o jogo a revelar-se intenso e de ritmo muito elevado nos momentos iniciais. A partir do minuto 15, Espanha ficou mais ofensiva e organizada, mas Portugal mostrou-se tranquilo a defender, com Pedro Henriques a ser crucial.
O encontro seguiu partido, mas foi a seleção espanhola a inaugurar o marcador, ao minuto 12: depois de um primeiro remate de Julià, Marc Grau marcou na recarga (1-0).
O golo tranquilizou Espanha que começou a jogar com o cronómetro esgotando os 45 segundos de ataque, enquanto Portugal, a ter de patinar atrás de prejuízo, pressionou mais, mas não conseguiu ser eficaz na finalização, com o resultado a manter-se inalterado ao intervalo.
No tempo complementar Rafa viu o cartão azul com quatro minutos jogados, mas Bargalló não conseguiu converter o livre direto. Em power play, os espanhóis pressionaram ao máximo e conseguiram ampliar para o 2-0, ao minuto 20. Segundos depois, foi assinalada a 10ª falta de Portugal, que Julià não desperdiçou (3-0).
Ao minuto 18 Portugal reduziu por Gonçalo Alves, autor de uma stickada fortíssima ao ângulo, sem hipóteses para o guardião espanhol (3-1). Um minuto depois, Aragonês viu o azul, mas sem lugar à marcação de livre direto. Portugal ficou em power play, mas não conseguiu aproveitar a vantagem, jogando com alguma precipitação e sem conseguir organizar o ataque.
A seleção nacional tentou pressionar e arriscar mais, mas o guarda-redes espanhol foi conseguido negar o golo, inclusive na 10ª falta assinalada aos espanhóis. A seis minutos do final, Hélder Nunes colocou a bola em Gonçalo Alves que arrancou para a baliza e perfez o 3-2, mas no mesmo minuto, foi assinalada a 15ª falta lusa, que Julià não desperdiçou, perfazendo o 4-2 final.
Segundo o capitão João Rodrigues, «faltou eficácia» à seleção: tivemos uma oportunidade na primeira parte de ficarmos na frente e penso que poderia mudar o rumo do jogo. Depois, acho que não conseguimos ser demasiado perigosos. Penso que eles foram superiores e mereceram ganhar. Temos de trabalhar para na próxima oportunidade nos superiorizarmos a eles e ganhar». O jogador fez questão de salientar estar «orgulhoso da atitude de todos os jogadores. Deixámos tudo na pista e isso ficou claro. Houve entrega de todos, tanto nos treinos como nos jogos…Foi uma oportunidade perdida».
Para o selecionador nacional, Renato Garrido, o conjunto luso «deu tudo, mas estivemos sempre atrás do resultado e foi o que correu mal» e explicou que «sempre que nos tentámos aproximar ou aparecia um livre direto ou um golo». «Estamos tristes. Queríamos muito ganhar este europeu, mas não conseguimos. Tudo demos. Nada a apontar aos jogadores porque foram brilhantes, mas não conseguimos e estamos tristes por causa disso», disse.