Num jogo de bom ritmo e grande intensidade, a seleção nacional entrou a vencer, mas a seleção argentina conseguiu dar a volta ao marcador e vencer, na final da Taça das Nações, por 5-2.
Com o hino nacional cantado pelas centenas de portugueses que marcaram presença no na Salle Omnispoerts du Pierrier, em Montreux, Portugal entrou bem em rinque, com João Rodrigues a ameaçar a baliza de Conti logo no primeiro minuto. A Argentina igualmente com rapidez tentou responder, mas Girão esteve atento.
A seleção mostrou que queria comandar o jogo saindo muito rápido para o ataque e, ao minuto 18, inaugurou o marcador: Hélder Nunes ganhou a frente ao bloqueio argentino, Rafa temporizou e colocou em Nunes para o primeiro da noite (0-1).
A Argentina não se intimidou com o golo e três minutos depois chegou a resposta com Facu Bridge ganhar espaço à defesa lusa e a aparecer ao 2º poste para empatar a partida (1-1). Galvanizados com o golo e sem receio de arriscar, os argentinos passaram para a frente através de um remate enrolado de Danilo Rampulla, ao minuto 12 (2-1).
A partir daqui o jogo ficou mais aberto e baixou de intensidade, com a seleção nacional bem nas transições, mas a não conseguir finalizar e a ir para o intervalo a perder pela margem mínima.
Na etapa complementar os argentinos entraram em rinque a ameaçar de imediato a baliza lusa, obrigando Girão a negar o golo, mas que acabou mesmo por acontecer ao minuto 22, por intermédio de um remate fortíssimo de Lucas Ordoñez a encontrar o caminho aberto para rematar de longe para o 3-1.
Pouco depois Portugal reduziu por João Rodrigues, que desviou à boca da baliza o passe de Hélder Nunes para marcar o 3-2, mas a resposta albiceleste chegou dois minutos depois, pelo stick de Facu Navarro que rematou de primeira para o 4-2.
A partir daqui a seleção nacional acusou o cansaço e o resultado. Girão negou o golo pela 10ª falta lusa e Hélder Nunes perdeu o duelo com Conti Acevedo, na mesma situação, mas do lado da argentina.
Portugal pressionou e chegou a estar perto de marcar, mas Acevedo foi travando as intenções lusas e foi mesmo a Argentina que acabou por dilatar, num lance em que Lucas Ordoñez conseguiu fugir da marcação e rematou ao segundo poste, com a bola a bater nas costas de Girão e a entrar, estabelecendo o resultado final nos 5-2.
No final da partida, o selecionador nacional, Paulo Freitas fez questão de «dar os parabéns a Argentina que acabou por ser melhor que nós» e considerou que «entrámos bem no jogo, colocámos dificuldades à Argentina, mas o 4-2 acabo por nos tirar do jogo e a partir daí, foi muito complicado» e explicou que «o perfil do jogador argentino, andar atrás deles, aumentou o desgaste da minha equipa, com uma rotação obviamente diferente com o Gonçalo impossibilitado de ajudar a equipa».
Paulo Freitas mostrou-se «satisfeito com entrega dos atletas» embora impere «no balneário uma tristeza enorme, mas acima de tudo, a consciência de que demos aquilo que que era possível e, portanto, temos que sair daqui satisfeitos com aquilo que produzimos e tristes por não conquistarmos o troféu».
O selecionador frisou que «o importante é percebermos que vamos ter a possibilidade de trabalhar juntos o tempo necessário para nos prepararmos. Tivemos muito pouco tempo juntos e aquilo que acredito é que na preparação para o mundial vamos conseguir trazer aquilo que são também as minhas ideias, vamos conseguir também potenciar aquilo que são as individualidades que existem e, para nós, foi importante percebermos a capacidade de resposta que que estes atletas tiveram».
Sobre o trabalho em curso com vista ao campeonato do mundo, Paulo Freitas referiu que «na preparação para o Mundial nada vai fugir daquilo que também aconteceu aqui que é o foco total e com um objetivo único: ganhar e voltarmos a ser campeões do mundo». «Não vamos alterar o que quer que seja relativamente àquilo que temos preconizado. Queríamos conquistar este troféu. Não foi possível, já é passado olhos no futuro e o foco é o futuro», concluiu.
O capitão da equipa das quinas, João Rodrigues, confessou que este «não era claramente o desfecho que queríamos. Viemos para Montreux para tentar ganhar a Taça das Nações e sabíamos à partida as dificuldades que íamos encontrar».
Para o jogador «o nosso percurso foi digno. Representámos da melhor maneira possível Portugal. Na final faltou-nos qualquer coisa, e penso que a Argentina foi melhor: soube aproveitar os nossos erros e, acima de tudo, que sirva a Taça das Nações para crescer e para aprendermos com os erros para não voltarmos a cometê-los, para crescermos como equipa e estarmos melhor preparados, independentemente de quem enfrentar Portugal para o Campeonato do Mundo.
João Rodrigues não quis deixar de agradecer ao público presente no pavilhão «o apoio desde o primeiro dia». «Já estamos habituados de cada vez que vimos Montreux, um dos aliciantes de vir cá é ter o apoio dos emigrantes que são fantásticos. Queríamos ter dado uma alegria, não conseguimos, mas acho que deixámos tudo em pista e eles também certamente reconhecerão esse nosso esforço».