Terminou no passado dia 30, na China, o Campeonato do Mundo de Patinagem Artística, que decorreu entre 17 e 30 de outubro. Portugal voltou a destacar-se ao mais alto nível, conquistando cinco medalhas nas seleções nacionais (duas de ouro e três de bronze) e duas de prata na competição de Show e Precisão, terminando no terceiro lugar do medalheiro geral.
O presidente-adjunto da Federação de Patinagem de Portugal (FPP), José Raimundo, sublinha que «o balanço é extremamente positivo. Portugal voltou a fazer história e a afirmar-se como uma das grandes potências da modalidade».
«Terminámos este Campeonato do Mundo em 3º lugar no medalheiro geral, o que nos enche de orgulho e confirma o trabalho de excelência que tem vindo a ser desenvolvido em todo o país», afirmou.
O dirigente explica que «depois da extraordinária conquista de 14 medalhas no Campeonato da Europa, sabíamos que a fasquia estava muito elevada e que era um grande desafio manter este nível no palco mundial». No entanto, «Portugal respondeu da melhor forma: com atitude, qualidade e resultados e voltámos a mostrar ao mundo a potência que somos na patinagem artística sobre rodas», acrescentou.
Entre os principais destaques individuais estiveram Rita Azinheira, Campeã do Mundo de Patinagem Livre em Juniores, e Madalena Costa, Campeã do Mundo em Seniores. José Raimundo enfatiza que estas «são duas conquistas históricas. No caso da Madalena, trata-se da primeira medalha de ouro de sempre para Portugal nesta disciplina e escalão. São marcos que ficarão para sempre gravados na história da nossa patinagem».
O presidente-adjunto faz questão de salientar que «este sucesso vai muito além do ouro», e le lembra as medalhas de bronze conquistadas por João Pedro Cruz, Diogo Craveiro e Ema Pitoco de Sousa que «confirmam a consistência e o valor das nossas jovens gerações», num campeonato marcado pela elevada qualidade técnica e artística.
Na competição de clubes de Show e Precisão, que encerrou o Mundial, os atletas lusos conquistaram duas medalhas de prata ganhas pelo quarteto sénior Rolar4SK8, do Rolar Matosinhos e pelo quarteto júnior Endless Troopers, da S.R. Santa Susana e Pobral. José Raimundo sublinha que estes resultados «voltaram a demonstrar o enorme talento e criatividade das nossas equipas de Show».
O dirigente destaca ainda o nível competitivo global dos atletas portugueses: «outro aspeto que merece ser sublinhado é o número de atletas portugueses entre os melhores do mundo. Tivemos vários patinadores no Top 5 masculino e várias atletas no Top 10 feminino, um sinal claro da qualidade, regularidade e profundidade do trabalho que se faz em Portugal. Ter três atletas seniores no Top 10 mundial é um motivo adicional de orgulho e demonstra que o nosso país compete ao mais alto nível internacional».
Ao longo de duas semanas de competição, Portugal afirmou-se como uma das principais potências da modalidade. «Foram 14 dias intensos, com 943 atletas de 38 nações e 5 continentes, onde Portugal mostrou, mais uma vez, que é sinónimo de qualidade, paixão e ética desportiva», explica Raimundo que faz ainda questão de salientar que «estes resultados são o reflexo do trabalho conjunto de atletas, treinadores, clubes, famílias e estrutura federativa, em que cada um teve um papel essencial neste sucesso».
José Raimundo conclui com um sentimento de orgulho e confiança no futuro: «Saímos de Pequim com a sensação de dever cumprido e com o coração cheio de orgulho. Portugal subiu ao pódio mundial e o futuro da nossa patinagem artística é, sem dúvida, brilhante», agradecendo ainda «a todos os que tornaram este campeonato possível, atletas, treinadores, dirigentes, juízes, equipas de apoio e famílias».