Portugal cedeu, esta tarde, no segundo jogo do campeonato da Europa, frente à seleção espanhola. O resultado desfavorável de 4-1 coloca a seleção no 4º lugar, com três pontos.

Apesar de pertencer a Portugal a primeira oportunidade de perigo na partida, as jogadoras lusas cedo começaram a revelar dificuldades em sair nas transições devido à pressão alta exercida pela Espanha.

Ao minuto 16, Rute Santos viu o azul e foi marcado penálti a favor da Espanha. Núria Leitão negou o golo, mas ainda na posse da bola e em vantagem numérica, as espanholas marcaram o primeiro através de um remate de longe (1-0). Portugal tentou, mas não conseguiu travar as adversárias e acabou por ir para o intervalo a perder por 3-0.

Na segunda parte, a seleção entrou com uma atitude completamente diferente, mais reativa e a criar inúmeras situações de perigo. O golo luso chegou ao minuto 12, de livre direto muito bem convertido por Rute Santos, a rematar direto fortíssimo e a reduzir para o 3-1.

Até ao final, Portugal foi incansável a tentar chegar à baliza adversária, com várias oportunidades desperdiçadas, inclusive um penálti a três minutos do final. Apesar de mais perto do golo, é a Espanha que dilata, ao cair do pano, para o 4-1 que fechou a contagem.

No final da partida, Ana João Folgado explicou que «apesar do resultado, foi um bom jogo, com um adversário difícil. Pela primeira vez jogámos com a Espanha e demos tudo o que tínhamos, lutámos até ao fim, criámos oportunidades. Estivemos unidas e agora vamos continuar a trabalhar e ver se voltamos a jogar com Espanha».

«Para amanhã podem esperar «uma entrega total da nossa parte, melhorar ainda mais. Vamos continuar a dar tudo o que temos», disse.

Para o selecionador nacional, Hélder Antunes, «não era este o resultado que queríamos, mas temos de estar orgulhosos daquilo que fizemos para tentar contrariar o que aconteceu durante o jogo. O balanço não é positivo pelo resultado, mas é positivo, pelo caráter, pela entrega e pela forma como fomos, sobretudo na segunda parte, procurar virar um resultado que nos era desfavorável com três golos e nunca deixámos de acreditar». «Agora há que levantar a cabeça, manter o foco, porque a prova é dura e daqui a menos de 24 horas temos um jogo importante».

Para o jogo de amanhã frente à Alemanha, o selecionador acredita que será «um jogo de características diferentes com uma Alemanha que vai jogar nas transições. É uma equipa coesa organizada e vamos ter de ser pacientes e imprimir um ritmo forte de jogo, para além de termos de ser muito solidários a defender.