Invicto até aqui, Portugal só quebrou – depois de deixar tudo em rinque – na final de hoje, frente à Espanha, ao perder por 7-6, num excelente jogo de hóquei em patins, disputado até aos últimos segundos.
O conjunto luso entrou muito bem no jogo, mais seguro e a pressionar e, em praticamente dois minutos, marcou dois golos: aos 18 minutos, numa stickada cruzada de Viti Oliveira e depois, por Guilherme Azevedo (0-2).
Apesar dos dois golos de vantagem, os espanhóis conseguiram organizar-se e restabeleceram o empate no marcador (2-2). A nove minutos para o final, Espanha perfez o terceiro, colocando-se em vantagem pela primeira vez na partida (3-2).
A seleção das quinas continuou a pressionar e o golo do empate acabou por surgir, aos seis minutos, com Viti a bisar. Mas, no mesmo minuto, os espanhóis marcaram o quarto passando novamente para a frente do marcador (4-3).
A dois minutos do tempo de descanso, cartão azul para a seleção «roja», por falta cometida sobre Viti. O jogador converteu o livre direto e voltou a empatar a partida, estabelecendo o resultado ao intervalo (4-4).
No tempo complementar, foram os espanhóis a entrar melhor no jogo, com o quinto golo a surgir com dois minutos jogados (5-4). A Seleção Nacional não baixou os braços e, a seis minutos para o final, João Pina marcou o quinto, empatando de novo a partida.
Num jogo cada vez mais de nervos, e quando Portugal fazia mais pressão, é a seleção espanhola que volta a passar para a frente do marcador, com o sexto golo. No minuto seguinte, Guilherme Azevedo vê o cartão azul e os espanhóis não desperdiçaram a oportunidade de dilatar a vantagem para os 7-5.
A dar tudo em rinque, Portugal ainda marcou o sexto, por Viti, a 23 segundos do fim, mas já não houve tempo para mais. Portugal sagra-se assim Vice-Campeão da Europa, do 41º Campeonato da Europa de Sub-17.
No final do jogo, o capitão da seleção das quinas e melhor marcador deste campeonato (13 golos), Viti Oliveira, referiu que foi um jogo «muito competitivo» e mostrou-se «orgulhoso da minha equipa, do nosso trabalho». «Jogámos muito bem, estivemos confiantes no nosso trabalho e perdemos. É uma final: há um que ganha, um que perde…acontece. Agora é seguir em frente», disse.
Na opinião do selecionador nacional, Nuno Ferrão, «não tivemos a felicidade do jogo. Isso e o pragmatismo dos espanhóis. A equipa jogou muito bem, com atitude e carácter, a jogar num pavilhão cheio, na casa do adversário. Atletas que nunca tiveram essa experiência e que revelaram uma grande qualidade hoquistica».
«Depois, os pormenores, o momento, a inspiração. Como o resultado diz, foi um jogo espetacular. Parabéns aos atletas que demonstraram qualidade».
Ferrão explicou que «o hóquei espanhol tem uma característica muito própria que nós, em Portugal, não estamos habituados e é necessário fazer um trabalho específico para este jogo», embora «não podemos pensar que só este jogo é que conta». «Sabemos que é a final e que a história vai dizer não o que jogámos mas sim o resultado final, que foi 7-6».
Para o selecionador, houve «claramente dois momentos: os dois azuis (a Viti Oliveira) que nos inibiram um pouco – mas a equipa teve uma reação fantástica – e o início da segunda parte, que foi complicado se bem que, tivemos a capacidade de reagir. Mas sempre que marcávamos, logo a seguir sofríamos. E isso foi sempre um prejuízo».
Ferrão sublinhou que «a equipa e o staff fizeram toda a preparação e o trabalho já estava feito com continuidade» e reforçou que «os atletas interpretaram na perfeição. A espaços, algumas diferenças, mas são jovens que estão nestes primeiros momentos e estiveram bem.», concluiu.
Classificação Final
1º Espanha
2º Portugal
3º Itália
4º França
5º Alemanha
6º Inglaterra
7º Suíça
8º Andorra