Intensidade, emoção e golos até ao fim. Foi assim o quinto e último jogo das meias-finais do play-off do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, dérbi que culminou com a vitória do SL Benfica frente ao Sporting CP, por 5-7 no prolongamento (5-5 no tempo regulamentar). O SL Benfica vai disputar a final, à melhor de cinco jogos, com o FC Porto / Fidelidade.
O Sporting CP entrou mais ofensivo, mas foram as águias a adiantar-se no marcador por Diogo Rafael, aos 18 minutos e, oito minutos depois, por Pol Manrubia (0-2). Com o jogo mais aberto e os leões à procura de marcar, é assinalado penálti a favor do Sporting CP. Chamado a converter, Nolito Romero reduziu para 1-2.
A minuto e meio do fim do primeiro tempo, é assinalada a 10ª falta ao Sporting CP, que Carlos Nicolía não desperdiçou, fechando a contagem ao intervalo em 1-3 para os encarnados.
Na segunda parte o conjunto leonino entrou melhor, com mais circulação de bola, com o golo a surgir aos 21 minutos, por Ferrant Font (2-3). Praticamente dois minutos depois, Alessandro Verona empatou a partida, assistido por Tóni Perez (3-3). No minuto seguinte, Pedro Henriques negou a Font a oportunidade de colocar o Sporting CP pela primeira vez em vantagem, ao defender o livre direto pela 10ª falta assinalada ao SL Benfica.
No espaço de minuto e meio, Álvarez (3-4) e Lucas Ordoñez (3-5) colocaram o SL Benfica com a vantagem de dois golos. O Sporting CP acreditava e Nolito Romero reduziu, a quatro minutos do final (4-5). Ao «cair do pano», e com o SCP a jogar com cinco jogadores de campo, o mesmo Romero marcou, a oito segundos do fim, o quinto golo que deu o empate, obrigando a prolongamento (5-5).
No tempo extra, o SL Benfica foi mais eficaz, com Edu Lamas a ser decisivo ao marcar dois golos, um em cada parte do prolongamento, sem resposta do Sporting CP.
No final da partida, o treinador do Sporting CP, Paulo Freitas, explicou que «entrámos receosos. O Benfica tinha tido uma particularidade nestes jogos do play-off: saía sempre na frente e nós tínhamos a capacidade de responder. Desta vez, principalmente na primeira parte, não fomos a equipa que normalmente costumamos ser». «O Benfica marca dois golos em transições ofensivas, marca um golo de bola parada e nós fomo-nos colocando a jeito e criámos ainda mais conforto na equipa do Benfica e, por outro lado, a nós aumentou-nos os níveis de ansiedade», disse.
Na segunda parte, na opinião de Freitas a equipa foi «cometendo e acumulando alguns erros individuais que a este nível não podem acontecer e que acabam por nos penalizar. E depois, todo o trabalho que construímos, toda a crença, toda a raça, todo o sentido de superação leva-nos para um prémio justo que é o prolongamento». No tempo extra, o técnico referiu que «mais uma vez, cometemos alguns erros – na primeira parte do prolongamento onde necessariamente tinha de fazer descansar algumas peças que estavam a ter muita influência no jogo. Continuámos a ir atrás na medida do possível, na crença do possível, na atitude do possível e, acabámos por não conseguir. Resta-nos sair de consciência tranquila, honrámos e defendemos o emblema que trazemos ao peito que é de uma instituição enorme e dar os parabéns ao adversário».
Do lado do finalista SL Benfica, o treinador Nuno Resende explicou que «sabíamos que ia ser difícil, que a entrada do Sporting seria muito forte. Aguentámos na transição, fomos sempre lá chegando e queríamos muito ter o controlo nas perdas de bola e no ataque a quatro e, se calhar, com algum exagero chegámos ao 1-3». Para Resende, «a forma como o Sporting voltou novamente a entrar na segunda parte» e o facto de a equipa de «um 3-3, com um livre direto a favor deles» ter «a estabilidade para voltar a tomar o jogo e depois, passarmos para a frente e conseguimos controlar, demonstra uma maturidade que não existia. Isso é um trabalho de todos – de todo o staff e jogadores -, de correção», disse.
Agenda | Final (à melhor de cinco jogos)
16, 19, 22, 25 e 29 de junho
16/06/2022 | 15H | FC Porto/Fidelidade x SL Benfica