Dez anos depois, o SL Benfica venceu a Supertaça António Livramento, ao bater o FC Porto/Fidelidade por 2-4, esta tarde, no Pavilhão Municipal de Barcelos.

A partida iniciou com bastante rapidez, deixando prever 50 minutos de grande intensidade.  As águias marcaram primeiro, aos cinco minutos de jogo, por intermédio de Pablo Alvarez (0-1). A 11 minutos do fim do primeiro tempo, Gonçalo Alves restabeleceu a igualdade para os dragões com um remate fortíssimo, sem hipótese para Pedro Henriques (1-1). Diogo Rafael marcou o segundo para o SL Benfica e colocou a equipa em vantagem, ao intervalo (1-2).

No tempo complementar, o FCP voltou a empatar, desta vez com golo de Rafa, aos 19 minutos (2-2). A resposta do SLB foi dada, no mesmo minuto, com golo de Álvarez, assistido por Diogo Rafael (2-3).

Quando faltavam cinco minutos para o fim, Pedro Henriques impediu Gonçalo Alves de converter um livre direto, na sequência da 10ª falta do SLB. O mesmo não se verificou com Pablo Álvarez que, a 20 segundos do fim, bateu Xavi Malian, depois de assinalada a 10ª falta aos dragões. Pablo marcou o quarto e último golo do FC Porto/Fidelidade, e o terceiro da conta pessoal.

Na análise ao jogo, o treinador do FC Porto/Fidelidade, Ricardo Ares, considerou que «não estivemos na nossa melhor versão», dando «os parabéns ao Benfica pela vitória». «A equipa poderia ter ganho o quinto título seguido e era o que queríamos, mas vai servir-nos para o que vem agora. De certeza que vamos conseguir os nossos objetivos», disse.

Do lado da equipa vencedora, Diogo Rafael explicou que «hoje foi fundamental termos começado a ganhar. A partir daí conseguimos gerir, controlar e soubemos estar a ganhar. Por duas vezes o Porto empatou e conseguimos passar para a frente». «Depois fomos guerreiros: soubemos estar em vantagem, soubemos aguentar em termos defensivos aquilo que é o caudal ofensivo do Porto, que é muito forte, e acabámos por ser felizes». O atleta considerou que esta vitória é «um bom mote» para esta época.

Para o treinador do SL Benfica, Nuno Resende, a chave do sucesso «foram todas as aprendizagens que fizemos anteriormente». «Esta equipa do Porto levou-nos à exaustão do estudo, da análise, à melhoria da nossa equipa. Quando há assim, dois adversários que lutam – e uso a palavra no bom sentido – como tem sido nos últimos tempos, acho que temos beneficiado muito disso, assim como o Porto».

Resende explicou que «hoje era um jogo de xadrez, onde as peças aqui e ali, as marcações, o anular das individualidades e a ocupação dos espaços era fundamental». Na sua opinião «conseguimos e, a questão de estarmos sempre na frente do marcador, temos respondido ao impacto com 2-1, termos respondido ao 2-2 com o 3-2 e termos conseguido não cometer erros como foram alguns cruciais no domingo (final da Elite Cup); principalmente nas transições defensivas, levou-nos a ter a capacidade de finalmente ganhar a este Porto».

Foto de capa: ©2022 Afonso Ferraz / FPP