O segundo dia da Taça 1947 iniciou com a vitória da UD Oliveirense sobre a AD Valongo por 3-1. Um jogo bem disputado, em que a jovem equipa da ADV dificultou bastante a vida à experiente UDO não conseguindo, no entanto, «quebrar» Nelson Filipe na baliza. O guarda-redes da UDO, que foi considerado o MVP do jogo, foi decisivo na vitória graças à defesa das bolas paradas e conseguindo aguentar a pressão do Valongo nos instantes finais do jogo. Nelson Filipe classificou o encontro como «muito complicado», acrescentando que «a equipa esteve bem no geral, sendo a vitória muito importante para quem quer ganhar a competição».
O treinador do Valongo, Edo Bosch, mostrou-se bastante orgulhoso dos seus jogadores afirmando que «deram tudo, faltou apenas a estrelinha da sorte», não tirando o mérito ao guarda-redes adversário, considerando o MVP muito bem entregue.
Já Paulo Pereira, para quem o resultado foi justo, afirmou já saber que seria um jogo equilibrado, como já tinha sido o do campeonato. O treinador da UDO considera que o Valongo tem uma boa equipa e que «vendeu cara a derrota», mas que agora o pensamento já está na preparação do jogo como Benfica. Para Paulo Pereira, estão presentes nesta competição oito excelentes equipas, prontas a proporcionar um excelente espectáculo. «Parabéns a quem organizou esta prova pois está tudo a correr às mil maravilhas», referiu.
O segundo jogo do dia, disputado ente a Juventude de Viana e o Sporting de Tomar terminou com a vitória deste último por 3-1.
Se na primeira parte o domínio foi da Juventude de Viana, colocando-se na frente do marcador aos 16 minutos, com Francisco Silva a bater o guardião nabantino Francisco Veludo, na segunda parte, o Tomar foi mais eficaz. Com o cair da 10ª falta para o Viana, Lucas Honório não desperdiçou, empatando a partida de picadinha. Xanoca marcou o golo da reviravolta e Ivo Silva fecha o resultado com o terceiro para o Tomar, a 50 segundos do final.
Para Xanoca, considerado o MVP do jogo, a segunda parte do jogo foi decisiva, com o golo a «chegar tarde, mas a partir daí foi mais fácil encontrar o caminho para a baliza adversária».
Já André Azevedo referiu que na primeira parte foram criadas várias oportunidades pela Juventude de Viana, tendo «faltado a eficácia, num torneio em que queremos promover todos os jogadores».
Para Nuno Lopes, era preciso um golo para desbloquear, o que «aconteceu num momento individual». Nuno Lopes considera que o Tomar «assumiu as despesas do jogo, nunca perdendo o norte e procurando sempre a vitória». Para o treinador, «é um motivo de orgulho estar nas meias-finais e defrontar o Sporting Clube de Portugal».