Terminou esta terça-feira, em Turquel, o Torneio OIST 2024 que marcou o fecho das ações de Observação, Identificação e Seleção de Talentos (OIST) realizadas a nível nacional.
Participou no torneio um grupo de 40 atletas (três equipas masculinas e uma feminina), formado por jovens selecionados das ações OIST realizadas em todas as Associações de Patinagem que vivenciaram, nestes dois dias, o ambiente em contexto de seleção nacional.
No final do torneio, o Diretor Técnico Nacional, Nuno Ferrão, explicou que este continua a ser «um projeto fundamental para a base de recrutamento e conhecimento dos atletas , identificá-los nas várias associações, e também de acompanhamento da evolução do trabalho que é feito nas associações, que é o culminar de âmbito regional».
Nuno Ferrão destacou «uma adesão muito forte e interesse deste projeto por parte das associações territoriais, que depois transfere para este torneio», onde se regista «um desenvolvimento e equilíbrio interessantes, com jogos equilibrados» denotando que os atletas possuem «condições e já algumas skills de base, que permitiu verificar que, de jogo para jogo, havia uma evolução».
Nesse sentido, este foi «um indicador muito importante para percebermos a perspectiva da qualidade do futuro» com a presença «de jogadores com alguma qualidade, interessantes, com margem de progressão e também com um perfil correto e alinhado, já no enquadramento do que a Federação quer para um atleta de seleção», concluindo que «o balanço é positivo».
Para o selecionador nacional de Sub-17, Hugo Azevedo, este é sem dúvida um trabalho fundamental que, no seu caso em particular, permite ter «mais preparação para os próximos europeus, porque o conhecimento desta geração, que vai acabar por alimentar as próximas seleções, é muito maior».
«Do ponto de vista qualitativo sinto que vão aparecendo cada vez gerações mais talentosas e há também muito mais homogeneidade em relação àquilo que são as associações» sublinhou, acrescentando que «apesar de existirem as normais e naturais discrepâncias entre algumas, os talentos estão cada vez mais emergentes e também mais generalizados, por várias zonas e associações».
Hugo Azevedo explicou que «para além da avaliação que fizemos do ponto de vista qualitativo dos atletas, conseguimos também perceber que o processo de treino em cada associação e em cada clube é cada vez mais rico e está cada vez mais bem preparado». «O atleta chega aqui com melhores condições para apreender aquilo que temos para lhes transmitir e também mais preparados do ponto de vista do comportamento, das regras, das normas e da predisposição para treinar», disse.
O selecionador enfatizou que «do ponto de vista geral, estamos no bom caminho. Os atletas estão cada vez mais capazes e estes OIST fazem toda a diferença: é um trabalho fundamental e que considero determinante no processo de avaliação». Azevedo não tem dúvidas que «se falarmos do talento puro, de atletas preparados e predispostos, sem dívida que o hóquei nacional está salvaguardado».
No que diz respeito à equipa feminina, o selecionador nacional, Hélder Antunes, explicou que «este é um trabalho de continuidade dos OIST’s dos anos anteriores, em que a primeira etapa é o trabalho das atletas no contexto das seleções distritais (no âmbito do Inter-regiões feminino)», partindo depois «para a base para esta época, onde selecionamos, aquelas que consideramos ser as dez melhores do IRF para formarmos a equipa OVF que participa no IR masculino».
Daqui, a equipa técnica que esteve em todas as associações com os OIST territoriais de observação «fica com uma listagem de atletas referenciadas, que como é óbvio, são mais de dez», sendo que, para este Torneio OIST, «das 10 atletas que levámos ao IRF, deixámos quatro de fora e incluímos quatro novas jogadoras que ainda não tinham sido observadas em contexto de jogo».
«Mediante o que observámos nas ações territoriais e agora no Torneio, vamos ter o 1º Centro de Treinos dos Sub-17 Femininos, de onde sairão as 13 convocadas e, a partir daí, começamos a reduzir. Segue-se mais um estágio em junho, no final do qual a equipa técnica terá definidas as dez jogadoras que, a 2 de julho, irão entrar em estágio final para representar Portugal no europeu», disse.
«Embora seja formação, vamos procurar levar esta seleção o mais longe possível e tentar chegar à final deste europeu», sublinhou Antunes frisando que «aconteça o que acontecer neste europeu, o que queremos é que estas jogadoras, sejam ou não campeãs da Europa de Sub-17, cheguem à seleção sénior feminina, e que uma vez lá, sejam felizes e ganhem muitos títulos. Esse é o culminar de todo este trabalho que temos vindo a desenvolver».